quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O PRIMEIRO SUPERMERCADO VERDE DA AMERICA LATINA



REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR SÃO PRECEITOS QUE ENVOLVEM AÇÕES COMO:

Construção baseada no sistema LEED (Leadership in Energy and Environmental Design)
Mais alternativas em embalagens ecológicas e redução de sacolas plásticas
Certificação FSC e Selo Corporativo
Estações de reciclagem 100% recicladas e recicláveis
Reciclagem de resíduos orgânicos e sólidos, pilha e bateria
Ações educacionais para crianças
Funcionários com conhecimento de ações sócio-ambientais
Ampla participação de produtos orgânicos e sustentáveis

No ano em que comemora seus 60 anos, o Grupo Pão de Açúcar inaugura o primeiro supermercado verde do País dia 07 de junho de 2008, na cidade de Indaiatuba, no Estado de São Paulo, na avenida Presidente Vargas, nº 1264.

Reconhecido pelo seu pioneirismo na área de responsabilidade sócio-ambiental, com o lançamento da loja verde, o Pão de Açúcar conseguiu reunir, num único espaço, práticas de sustentabilidade já realizadas pela rede e avança ainda mais com uma série de inovações de estímulo ao consumo consciente.
Com alternativas simples e cotidianas e de grande capilaridade em toda a cadeia produtiva e de consumo a nova loja vai proporcionar uma experiência de compra diferenciada. “Informação, instalações, operação, produtos e completos processos de reciclagem e aproveitamento de resíduos, são algumas das ferramentas escolhidas para envolvermos fornecedores e consumidores acerca de conceitos e práticas de consumo sustentável”, declara José Roberto Tambasco, vice-presidente comercial e de operações do Grupo Pão de Açúcar.

Já no estacionamento, vagas especialmente demarcadas garantem benefícios aos carros que utilizam biocombustível. Além disso, foram instalados bicicletário, estação de reciclagem e paisagismo com preservação da vegetação nativa, além da incorporação de espécies típicas da região.

Por todos os cantos, dentro e fora do novo Pão de Açúcar, há muita informação. Clara, simples e precisa. Soluções criadas especialmente para essa loja ajudam a esclarecer, mobilizar e despertar os clientes para a oportunidade de mudança e melhoria no comportamento de consumo.

“Tudo foi pensado para oferecer uma proposta coerente, sustentável, democrática, inovadora e acessível de consumo consciente. Criamos um espaço educativo, onde esperamos aprender, trocar e promover conhecimento acerca de causas sócio-ambientais que envolvem o nosso negócio e sua relação com todos os stakeholders”, destaca Tambasco.

Nesse ambiente diferenciado, com cerca de 1.600 m² de área de vendas, está reunido um mix de vinte mil itens distribuídos em gôndolas, grande parte em madeira certificada pelo FSC - Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal), que emolduram um grande sortimento de produtos orgânicos, naturais e funcionais, além da ampla variedade de produtos diferenciados, de qualidade garantida, marca registrada do Pão de Açúcar.

No atendimento, colaboradores engajados que não só são líderes no seu negócio e que a partir de agora também exercem uma liderança também em sustentabilidade. Os 110 funcionários da loja receberam treinamentos específicos que dizem respeito a questões sócio-ambientais de âmbito geral, no contexto varejo e que estarão na primeira loja verde da América Latina.


Projeto
O projeto arquitetônico do Pão de Açúcar Indaiatuba considerou estudos de impacto e o resultado dos levantamentos é um empreendimento que privilegia melhor qualidade ambiental interna, eficiência energética, racionalização do uso de água, sustentabilidade de espaço e materiais, garantindo conforto, qualidade dos produtos e operação com padrão de excelência.

Como exemplos de qualidade ambiental interna estão vários aspectos ligados ao bem estar. Nos balcões frigoríficos e no ar condicionado será utilizado o gás ecologicamente correto R404. Utilização de cobertura zenital para garantir iluminação natural, espaços administrativos com abertura para área externa e cobertura com alto índice de refletância para diminuir a ilha de calor, também resulta em impacto favorável no microclima com consumo eficiente de energia.

Entre as medidas visando melhor eficiência e redução no consumo de energia, a empresa implantou controle de iluminação, com energia racionalizada e otimizada por meio de timer e sensores inteligentes nos ambientes da loja. Entre os equipamentos, a escolha da rede foi por aparelhos de alto desempenho, como produtividade maior ou igual às versões tradicionais e menor demanda de energia. A água utilizada nas áreas internas (chuveiros, áreas de manipulação) é aquecida com o calor excedente da casa de máquinas. O abastecimento de energia é proveniente 100% de fontes renováveis – energia verde.

Para racionalização do uso da água, a instalação de torneiras com comprovada melhoria de rendimento e vasos com possibilidade de escolha de vazão vão permitir 40% de redução do volume utilizado. O sistema de ar-condicionado é especial e não utiliza água para a climatização dos ambientes. A conservação da flora local, na área externa, o plantio de vegetação nativa em 26% da área total do terreno, já acostumada com as variáveis de clima local e sua alternância de chuvas, dispensa a necessidade de irrigação, o que equivale a uma economia mensal de 100.000 litros de água.

A sustentabilidade de espaço e materiais pode ser vista no estacionamento, (capacidade para mais de 140 veículos), com 75% do sombreamento previsto será realizado por árvores e apenas 25% por cobertura metálica. Ainda na área externa, a pavimentação feita em blocos de concreto vazado com preenchimento em grama, garante maior permeabilidade do terreno e possibilita o abastecimento de lençóis freáticos sem sobrecarregar vias públicas com água de chuva.

Para quem vai à loja de carro, atenção para os veículos flex. Eles têm espaço diferenciado e reservado no estacionamento, ao lado da entrada e das vagas preferenciais determinadas por lei. Estacionamento garantido tem também os ciclistas. No bicicletário, 20 vagas para deixar a bike em segurança. Para os funcionários, também foi construída uma área dedicada a bicicletas para quem quiser utilizá-las para ir e vir do trabalho.

Nos materiais e mobiliário da loja, a priorização pela sustentabilidade: nas gôndolas, destaque para a utilização de madeira com certificação FSC. Nos corredores, circulam carrinhos de compra 100% confeccionados em material reciclado, entre outras inovações em produtos.


MAIS ALTERNATIVAS EM EMBALAGENS ECOLÓGICAS E REDUÇÃO DAS PLÁSTICAS
A rede Pão de Açúcar foi a primeira empresa do varejo brasileiro a oferecer sacolas retornáveis como alternativa às embalagens plásticas, há três anos. Mantendo seu posicionamento de de opções e lança uma nova ecobag, 100% algodão e com a frase: “eu sou uma sacola verde”. Somadas às versões da SOS Mata Atlântica e as confeccionadas em ráfia, a rede oferece dez opções diferentes de ecobags dimensionadas para diferentes momentos de compra. Desde o lançamento do projeto de sacolas retornáveis, já foram comercializadas mais de 180.000 em todo o Brasil.

Além do incentivo para o uso de meios alternativos de embalagens, os consumidores também têm à sua disposição as sacolas plásticas, mas que terão uma nova versão na loja verde: 100% reciclável, com textura mais grossa que as tradicionais e produzidas em 3 camadas: 25% material virgem – externo -, 50% reprocessado (reciclado), no recheio - e 25% virgem – na área de contato com os alimentos. Mais resistente, o novo modelo de sacola plástica pode ser reutilizada e inibe anda o uso de duas ou mais embalagens no transporte das mercadorias.

Ainda na linha da redução da demanda por plásticos, estarão disponíveis nessas unidades as caixas de papelão, sacolas kraft e saquinhos de papel, com certificação FSC (Forest Stewardship Council/Conselho de Manejo Florestal), garantindo que o papel utilizado na embalagem é obtido de reflorestamento.

Nas embalagens de produtos para venda, outra inovação: a fécula de mandioca é matéria prima para uma bandeja em substituição ao isopor. A novidade é ecológica, biodegradável, usada exclusivamente para produtos secos e com casca. Por uma necessidade técnica, os demais itens continuam com a embalagem de isopor reciclável, com o devido selo informativo alertando para a possibilidade de reciclagem. liderança em sustentabilidade no varejo, a empresa reforça o seu portfólio.


AMPLA PARTICIPAÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS, SAUDÁVEIS E SUSTENTÁVEIS
O Pão de Açúcar Indaiatuba oferece uma seção inteira de itens orgânicos – é o maior sortimento da linha verificado num supermercado, 50% a mais que numa loja convencional. São mais de duzentas opções disponíveis na loja entre: frutas, verduras, legumes, sucos, cafés, vinhos, cachaça, azeites, geléias, açúcar, arroz, chás, molho de tomate, lentilhas, purê de maça, farinha, feijão, xampus, condicionadores, cremes e muito mais.

E para oferecer uma ampla linha de alimentos saudáveis, por seis meses, um grupo de profissionais da área comercial dedicou-se ao desenvolvimento de novos fornecedores e produtos. O resultado é um mix de frutas, legumes e verduras, convencionais e orgânicos, entregues diretamente na loja por produtores da região gerando menor impacto ambiental e produtos com maior frescor e qualidade. Na linha de sustentáveis, os destaques são a água carbono neutro da Petrópolis e a carne de terneiro Taeq, ambos lançamentos.

A água carbono neutro é envasada em garrafa PET de 510ml com a menor gramatura do mercado – 16,5g a 17,0g; o rótulo é de papel reciclado - primeiro produto nacional de água mineral a utilizar este tipo de papel na rotulagem; a neutralização de carbono acontece no processo fabril da unidade de envasamento (fonte), com selo verde carbono neutro no rótulo. As caixas de transporte são confeccionadas em papelão reciclado e retornável, diminuindo o impacto ambiental de lixo.

A carne de terneiro Taeq é fruto da combinação entre as raças Rubia Gallega (de origem espanhola) e Nelore (tradicional no Brasil). As características são: maior concentração de proteína, baixo teor de gorduras, redução de colesterol e baixa caloria. O resultado é uma carne mais saudável e com alto valor nutricional: 27% menos caloria que a carne convencional e 78% menos gordura total. São 114 calorias a cada 100g. Outro diferencial é a sustentabilidade do produto, feito sob uma cadeia produtiva orientada para a responsabilidade econômica, social e ambiental, fruto da parceria do Grupo Pão de Açúcar com o Instituto ETHOS e do Banco Interamericano de Desenvolvimento

Mais sobre produtos:
A padaria da loja verde terá todo diferencial e sortimento já reconhecido pelos consumidores do Pão de Açúcar: pães artesanais e de fabricação própria - franceses, baguetes, italianos, ciabatas, croissants, de queijo -, doces - brioches, sovados, roscas com creme -, bolos - laranja, fubá, cenoura, brownie, confeitados, tortas, doces, e folhados importados da França. Nos destaques, pães com farinha orgânica, integral, de frutas secas, multicereais, de centeio, de soja e girassol.A seção de frios e laticínios conta com um amplo espaço para produtos a base de soja, linha saudável, diet, light e funcionais. O cliente também irá encontrar manteiga e iogurtes orgânicos, queijos artesanais e com procedência de várias regiões do mundo: Portugal, Espanha, Itália, França, Suíça, Inglaterra e Holanda. Pessoas com intolerância à lactose e celíacos, terão uma compra facilitada com linhas específicas que atendem às suas necessidades.

No açougue, além de toda variedade de cortes especiais, carnes certificadas de animais que recebem alimentação sem hormônios de crescimento e produzidas sem agrotóxicos ou adubos químicos. As carnes podem ser encontradas cortadas, embaladas, prontas para o consumo. Na peixaria, pescados frescos, limpos na hora e congelados. Há peixes de várias espécies, camarões, polvos, mexilhões, ostras, lulas, linguados, trutas e salmões.

Na seção de bebidas, são mais de 600 rótulos de vinhos, incluindo os orgânicos. Para facilitar a escolha, um atendente especializado está à disposição dos clientes com as melhores dicas e sugestões. Na loja verde do Pão de Açúcar há também oferta de cachaça orgânica e sucos que são produzidos sem utilização de fertilizantes químicos.

Na linha de comércio solidário, o programa Caras do Brasil, estará com sua linha completa com mais de 200 produtos disponíveis na loja verde do Pão de Açúcar. São alimentos produzidos artesanalmente como mel, geléias, cafés, granola, melado orgânico, bala de banana, entre outros, e objetos de decoração – fantoches, tapetes, jogos americanos, fruteiras, sousplat - provenientes de 87 comunidades de várias regiões do Brasil.
Na perfumaria, produtos 100% naturais e orgânicos de marcas como L´Occitane, Vyvedas, Granado, Weleda e Ikove estão no portfólio. Da L´Occitane, sabonetes, creme de ducha, leite corporal, cremes para as mãos e para os pés, condicionares e xampus, gel, desodorantes, pós-barba das linhas Verbena, Lavanda, Amêndoa, Mercador, Masculina, Aromacologia, Karité. Da Vyvedas, as opções naturais vêm em barras de sabonete de capim santo e limão, condicionadores e xampus de cupuaçu e de abacate, loção de buriti, entre outros. A Ikove, pela primeira vez, traz sua linha de orgânicos para um supermercado. São xampus, condicionares e cremes, feitas com ativos da biodiversidade brasileira e certificados pela Ecocert da França.


Grupo Pão de Açúcar – Relacionamento com a Imprensa – 11 3886 0465

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Toma que o lixo é teu

A Califórnia segue dando o exemplo. A Comissão de Proteção ao Oceano do estado americano está propondo três medidas para reduzir a quantidade de lixo que acaba poluindo o mar: banir as embalagens de isopor para alimentos, cobrança de taxas para o uso de sacolas de papel e/ou plástico, e (a principal delas, a meu ver) tornar os fabricantes responsáveis pela coleta e reciclagem das embalagens de seus produtos. É isso ou ver o mar se transformar numa imensa sopa de lixo!
Segundo a Comissão, essa última exigência já funciona em 33 países no mundo, encorajando a redução de material usado, reduzindo o peso final dos produtos, permitindo o uso de materiais recicláveis e obrigando os fabricantes a redesenharem seus produtos e embalagens. Na Alemanha, após quatro anos do início do programa, o lixo produzido por embalagens foi reduzido em 14%. É pouco ainda.
As empresas são contra, claro. Dizem que é melhor incentivar a reciclagem e ameaçam com desemprego. O velho discurso da indústria, mesquinha toda vida. Reciclar é bom, mas produzir menos lixo é ainda melhor. Reciclar gasta muita energia e recursos materiais e humanos. Ninguém em sã consciência acha confortável a quantidade de papel, plástico, isopor e quetais que acompanha um brinquedo, TV ou aparelho de som recém-comprado na loja. Repara só na pilha de lixo que se forma no Natal após a abertura dos presentes. É vergonhoso!
Lixo é um dos grandes problemas mundiais do século 21.
Pra mim, toda e qualquer empresa deveria ser responsável pela coleta e correta eliminação do produto que fabricou, seja uma embalagem, celular ou carro. Haveria exceções, claro - móveis por exemplo. Medidas como essa evitariam absurdos como a
exportação de lixo eletrônico para países de Ásia, causando a intoxicação de milhares de pessoas.
O rápido avanço da tecnologia tem sido de mão-única, com o desenvolvimento de produtos cada vez mais modernos e eficientes, mas o uso de substâncias tóxicas na sua fabricação e a falta de preocupação com o seu destino final - o lixo - põe tudo a perder. Sem falar na tal
obsolescência planejada
Veja o caso dos Estados Unidos: em fevereiro do ano que vem, com a adoção da TV digital por lá, estima-se que cerca de 10 milhões de aparelhos antigos sejam dispensados no país, gerando um problema monstro. Apesar disso,
poucas empresas têm programas amplos de reciclagem para atender a essa demanda e evitar que esse lixo contamine pessoas e o meio ambiente - provavelmente na Índia, China ou Paquistão. Para pressionar grandes fabricantes como Sony, Samsung, LG e Toshiba, entre outras, a evitarem essa catástrofe, ONGs americanas formaram a Electronics TakeBack Coalition e deram início à campanha Take Back My TV.
Os consumidores também têm seu papel nessa história toda. Na hora da compra, dê preferência a produtos que tenham pouca embalagem e que tenham sido fabricados de forma sustentável e responsável. Se informe na loja, ligue para o fabricante pelos serviços de atendimento ao consumidor, exija seu direito de saber o que está comprando. E questione sobre programas de reciclagem, principalmente de aparelhos eletrônicos. Quanto mais pessoas encherem os SACs (serviços de atendimento ao consumidor) das empresas, mais elas se sentirão pressionadas a tomar alguma medida. De tanto levar bica nas canelas, uma hora terão que se mexer.

Afinal, quem lucra com as sacolas alternativas?

Depois que a designer inglesa Anya Hindmarch lançou a sacola “i’m not a plastic bag” (eu não sou uma sacola de plástico), muita gente aderiu ao hábito , simplesmente para estar em dia com a moda. Muitas empresas perceberam que estas bolsas estão virando moda e passaram a produzir, também, suas sacolas. É óbvio que há uma expectativa comercial ao explorar o tema ecológico. É inegável que vender produtos que não agridam o ambiente é uma atitude muito importante para a natureza, além de funcionar como propaganda para a empresa.

Esta é a crítica de muitas pessoas à atitude dos lançadores das sacolas: que visam apenas ao lucro e nós, ingenuamente, acreditamos que o objetivo de tais empresas é mostrar sua responsabilidade ecológica. Acredito que, independentemente de quais forem os objetivos das empresas, o importante é que, já que querem ganhar dinheiro, pelo menos ofereçam alternativas de produtos que não agridam o meio ambiente.

Mesmo com o crescimento da consciência ecológica, muitos ainda não assimilaram que pequenas mudanças no seu dia-a-dia são imprescindíveis para beneficiar o meio-ambiente. Alguns supermercados já usam estratégias para convencer a população a levar sua própria sacola e reduzir o uso do produto. Há lojas que vendem as sacolas alternativas para os clientes colocarem as compras, mas continuam oferecendo as sacolinhas de plástico. Obviamente, poucos compram uma sacola alternativa, se podem levar as que são grátis, e sem limite de quantidade.

Em Olinda, no Recife, já há supermercados que oferecem caixas de papelão aos clientes, em vez de sacolas plásticas. De acordo com a gerência de um dos estabelecimentos, para disponibilizar as sacolas aos clientes, o supermercado teria de gastar R$ 30 mil por mês, mas, reaproveitando as caixas de papelão, não gasta nada.Em uma locadora do Centro do Recife, os clientes só levam os filmes para casa em saquinhos de TNT. A novidade por lá, também já está chegando às lojas dos shoppings. Há lojas em que o modelo antigo, de plástico, está sendo substituído aos poucos por bolsas feitas de juta. “A principio é uma promoção da loja, mas a longo prazo, a idéia é substituir todas as sacolas de plástico por bolsas de juta”, informa Thiago Cavalcanti, gerente de uma das lojas.

Todos sabemos que o problema de desperdício de sacos plásticos é muito grave. Embora algumas pessoas aleguem que usam as sacolas para colocar o lixo, muitas têm o péssimo hábito de jogá-las nas ruas e nas praias. Talvez, se a cobrança das sacolas nos supermercados fosse obrigatória, as pessoas passariam a vê-las como um artigo valioso e não as desperdiçariam. Seria interessante se as lojas e os mercados oferecessem sacolas de outros materiais como brinde, de modo a estimular os clientes a trazê-las nas próximas compras.

Se não queremos dar lucro ou fazer propaganda para as empresas que vendem as sacolas alternativas, então, façamos nossa própria sacola. Eu tenho duas: uma de lona e outra de plástico. Há os modelos de linha ou de pano, dobráveis, que cabem em qualquer bolsa. Já se tornou um hábito, para mim, colocar meus produtos diretamente dentro da bolsa (uso as grandes), recusando as embalagens plásticas, quando vou à farmácia ou ao armarinho.

Não podemos, não devemos, absolutamente, nos negarmos a adquirir o hábito de carregar a própria sacola de lona, tricô ou pano às compras . Esta é uma atitude altamente ecológica de amor à natureza. Afinal, quem lucra com as sacolas alternativas? Quem leva o lucro maior, com certeza, é o Planeta.

Fonte:
Sturm und Drang
Site: http://drang.com.br/blog/por-que-sou-drang/

ECODESIGN - MOBILIÁRIO

O objetivo geral deste arquivo é demonstrar o valor, a necessidade e a aplicabilidade do Ecodesign e do Design do produto na criação e concepção do mobiliário pelo Arquiteto especialista em Design de Interiores aplicados na questão da sustentabilidade cotidiana, promovendo uma revisão em todos os nossos padrões de vida, de consumo, de descarte e de desperdício.
A fisionomia dos objetos está em constante mutação, a reutilização dos materiais vem enunciando novos princípios estéticos e é neste panorama que a atuação do Design de interiores fará toda a diferença.
Uma oportunidade de criação de um produto só pode ser explorada quando as tecnologias e ferramentas disponíveis, permitam a fabricação de um produto que satisfaça uma demanda até então, não atendida suficientemente no mercado.
A consciência ecológica está em pauta no mundo inteiro. Com isso a crescente preocupação com a questão ambiental está fazendo com que a população em geral, exija cada vez mais das empresas fabricantes, fornecedoras de matéria prima e/ou insumos, de acessórios e equipamentos, entre outras, produtos que causem o mínimo de impacto adverso ao meio ambiente objetivando assim, um consumo consciente por parte de todos.
Princípios do Design consciente:
- Respeito e igualdade com o Meio Ambiente/indivíduos;
- Produtos projetatos com princípios de ecoeficiência e sustentabilidade;
- Compatibilizar o progresso tecnológico com a preservação ambiental;
- Redução/substituição de materiais ambientalmente nocivos;
- Utilização de materiais renováveis, reutilizáveis e recicláveis;
- Ergonomia e saúde;
- Estética;
- Ética ambiental;
Ao agregar estes indispensáveis valores ao produto em estudo, como base tecnológica, podemos os manifestar e materializar em proposta prática e factível, de pronta aplicação, buscando compatibilizar o progresso tecnológico à preservação ambiental.

Autora: Nathalie Gaioti (Arquiteta e Urbanista -PUC MG - Pós Graduada em Engenharia Ambiental -IETEC - MG - Pós Graduada em Arquitetura de Interiores-IEC - PUC MG - Graduanda de Engenharia Ambiental na Universidade FUMEC)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Conhecendo a iniciativa do Centros de Triagem da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Porto Alegre.

Este centro teve início em 1998 por iniciativa da líder comunitária Assistente Social Sra. Sônia, na gestão do então prefeito Tarso Genro (do Partido dos Trabalhadores). Os resíduos são recolhidos e encaminhados pelo DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana) através de convênio da coleta seletiva de lixo realizado pela prefeitura municipal de Porto Alegre.
No início, o projeto comportava 120 catadores que pertenciam a grupos de moradores de rua, chegaram a quase 250 participantes nas primeiras reuniões. Regras foram definidas, e toda uma vila foi erguida para abrigo dessas pessoas. Haviam 60 pessoas que lá trabalhavam, atualmente com apenas 20 acarretando num pátio cheio de lixo a ser separado. Esse número de trabalhadores reduziu devido a um fator culminante, o medo, provocado pelos conflitos internos ocorridos no vizinho ao lado, na casa de passagem da prefeitura, que devido ao seu abandono pela atual administração pública é freqüente brigas e tiroteios devido ao tráfico e uso de drogas. Sem a presença da prefeitura nessa casa de passagem, sem ações de vigilância sanitária, vacinação contra doenças infecciosas, atendimento médico, desinfecção periódica da área, ronda policial, elementos de apoio, prestação de serviços e controle que havia nas administrações anteriores acarretou no aumento do tráfico de drogas, da violência e a conseqüente evasão de mão de obra tão importante e necessária para o centro de triagem.
A coordenadora detalhou a evolução do centro enquanto narrou a deterioração da sociedade, quanto ao consumo de drogas e as conseqüências que isso acarreta ao centro de triagem e à própria sociedade. Quanto aos ex-colaboradores deste projeto, muitos preferem as ruas, pela facilidade no contato com as drogas, a ter um trabalho digno dentro da Associação.
Em visita ao Centro de Triagem da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis do Movimento dos Moradores de Rua, recebidos pela Sra. Sônia Mesquita, idealizadora e coordenadora do local explica o local, composto por um grande galpão coberto logo na entrada a esquerda, equipado com três prensas para conformação dos fardos, uma máquina flocadora de isopor. Onde se armazenam os materiais já separados que serão encaminhados para reciclagem, os fardos de papel, papelão, bags de papel picado, pilhas de jornais e revistas devidamente separados por cor e tipo de papel, também materiais de demolição em bom estado. Por não comportar todo o material separado no galpão o excesso foi depositado a céu aberto deixando livre apenas a circulação e o espaço para carga, são vários bags com: copos plásticos, plásticos leitosos, PETs transparentes, PETs verdes, uma área com peças plásticas ou metálicas ou parte de equipamentos que não se destinam a reciclagem, trata-se mesmo de um depósito de entulho. Ao fundo existe uma ampla área contendo espaço para o descarregamento da coleta seletiva, grandes quantidades de lixo para a pré-triagem. No primeiro plano do terreno grande parte ocupada por lixo comum, ao fundo montanhas de isopor seco, um outro galpão para realização da triagem fina, com três mesas onde todo o lixo pré-triado é “garimpado”, parte vai para a reciclagem e a parte não aproveitada vai para o rejeito, em contêineres que vão para os lixões de fato. Existe também um espaço para administração, com biblioteca montada a partir de livros retirados do lixo e servem a comunidade de catadores.
Além da concorrência direta dos catadores de rua ilegais, há grande dificuldade em recolher o papel branco que apesar da baixa seu preço ainda tem bom valor comercial, segundo a coordenadora, existe um projeto ou lei federal que obriga as empresas estatais a comercializarem papel apenas com os centros de triagem regulamentados. Outro problema com o papel é que ao serem picados em tiras não se consegue produzir um bloco compacto, as tiras se soltam dos fardos dificultando sua conformação, armazenamento e transporte. Com o isopor tem se grande valor comercial, “valendo seu peso em ouro”, após flocado é vendido para empresas que manufaturam almofadas, pufes, estofados, molduras e brinquedos.O GANHA PÃO

Continuar recebendo as cargas de lixo da coleta seletiva requer o cumprimento de regras estabelecidas pela prefeitura, como separar determinado resíduo mesmo não tenha valor comercial algum.
Cada tipo de resíduo tem seu valor diretamente ligado à demanda: garrafas de vidro - inteiras, cada uma vale R$ 0,12 (doze centavos); vidro em cacos - container com uma tonelada vale R$0,04 (quatro centavos); isopor flocado - 1Kg R$ 2,00 (dois); Latas, ferro todos são vendidos diretamente a Gerdau; plásticos leitosos – o fardo R$1,30 (um real e trinta); pet – o fardo R$ 1,10 (um e dez); papel branco – 1Kg R$0,50 (cinqüenta centavos); jornal – fardo R$ 0,02 (dois centavos); revistas, guias telefônicos, encartes de jornal – 1Kg R$0,12 (doze centavos); chapas de raios-X atualmente não tem muito valor.
Bandejas de isopor, lâmpadas florescentes, óleo de cozinha, pilhas e baterias vão para o lixão. Uma empresa de Santa Catarina demonstrou inicialmente interesse por refrigeradores e geladeiras para fabricação de barcos, mas desistiu em função da grande distância, elevando o gasto com frete. Agora, as geladeiras estão sendo utilizadas para armazenar garrafas inteiras e como barreira para isolar o centro de triagem do cortiço que se formou no que deveria ser uma casa de passagem controlada pela prefeitura.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

RE - CRI - ATIVISTAS

Nós, RE-CRI-ATIVISTAS, buscamos aqui tratar assuntos relacionados a eco-design e supostas atividades que vem sendo utilizadas visando divulgar a idéia de ecologia e sustentabilidade.
Quantos de nós já passamos em frente de casas, condomínios e ficamos perplexos com a quantidade de matéria prima jogada na rua ainda em perfeitas condições de uso sendo encaminhadas ao lixão? Alguns de nós buscamos resgatar esses materiais, mesmo que inconscientemente, tentando aumentar o ciclo de “vida” desses “lixos”. A idéia do resgate sempre foi utilizada por pessoas de classes mais necessitadas, que não se importam em consumir o mais novo lançamento do ano que foi descartado. Mesmo não pensando nas conseqüências positivas que seu ato gerou à sociedade, vão elas felizes para casa levando seu mais novo bem de consumo recém adquirido no “mercado livre”. Pois bem, aos mais conscientes então, surgiu a necessidade de dar vida nova ou simplesmente cara nova a esses objetos. Preocupados com as conseqüências frente a questões de agressão ao meio ambiente e melhores condições de vida às futuras gerações. Notamos uma crescente inquietação no que se refere à ecologia e sustentabilidade, que em décadas passadas não estavam sendo relacionadas aos graves problemas ecológicos enfrentados agora.
Visite nosso Blog e contribua também ao NÃO DISPERDÍCIO e a NÃO POLUIÇÃO do nosso Planeta!!!
Seja um RE - CRI -ATIVISTA, vista-se de IDÉIAS SUSTENTÁVEIS.